13 de agosto de 2009

Memories...

O Mês de Agosto, a dada altura da minha vida, começou a ter um significado especial para mim.

Ando para trás no tempo, vou ao baú das memórias e recordo um verão longínquo mas ainda tão presente e que se reflecte em tudo aquilo que sou hoje. Um amor antigo, ausente mas sempre presente.

As férias de verão eram passadas no Banzão, os dias na Praia da Adraga, as noites na Praia das Maçãs e nas saudosas festas de verão dos locais vizinhos, Mucifal, Janas, Colares, Almoçageme, Azenhas do Mar...

Foi em vários desses locais que vivi os melhores momentos da minha vida. Foi nesses locais que encontrei o grande amor da minha vida. É a esses locais que volto sempre com um aperto de saudade, com uma nostalgia única, com a sensação de como teria sido se o tempo tivesse parado naquele verão, naquele mês de Agosto, há 11 anos atrás...

Podemos amar muito ao longo da vida, podemos ter vários amores, podemos ser felizes amando as mais diversas pessoas. Grande e verdadeiro amor há só um o que faz dele único.

Que me desculpem todos aqueles que fui amando ao longo da vida. Que me desculpe quem amo no presente. Que me desculpem todos aqueles que não fui capaz de amar tão intensamente.

Como qualquer grande história de amor tem música, tem cheiros, tem lugares, tem tudo...

Ontem ouvi uma música que me transportou de imediato a essas recordações.

Lembro-me do 1.º CD ouvido a dois... Caetano Veloso. O mesmo Caetano que é hoje o maior habitante da minha colecção de CD. O mesmo Caetano ao som do qual já ri, e já chorei. O mesmo Caetano que há 11 anos atrás me embalou na mais bela história que já vivi.

http://listen.grooveshark.com/#/song/Recuerdos_de_Ypacarai/2077709






10 comentários:

  1. Olá Filipa,
    Quero desde já dizer-lhe que gostei muito deste seu texto, este desabafo, esta partilha.
    Sabe também gosto muito de partilhar todo o meu sentir e, sem receio. A sua sinceridade aqui, o não ter medo de assumir esse grande amor que teve um dia, mesmo hoje amando alguém é de louvar e, eu compreendo-a, acredite.
    Posso dizer que me revi no que escreveu, sinto também dessa forma o amor.
    Costumo dizer que o grande amor da nosssa vida é o último, é aquele que fica connosco o resto dos nossos dias, mas nem sempre é assim..., não significa isto que não possamos amar e amar muito e com verdade a pessoa com quem estejamos. Cada amor marca-nos de uma maneira diferente e, acaba por ter o seu cunho ao longo da vida, mas há um, apenas um que se diferencia, que nos marcou tanto ao ponto de nos fazer sentir essa saudade, essa quase necessidade de recuar no tempo..., porque foram momentos, lugares, músicas, filmes, cheiros, sabores, sentires..., tanta coisa partilhada a dois.
    É bom recordar, também é viver.
    O meu obrigada por este momento que me emocionou deixando cair as lágrimas.

    Um beijinho para si :)
    ElsaTL

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  2. As recordações fazem parte do caminho que percorremos nesta vida, as boas recordamos com carinho... o importante e não pararmos no tempo agarrados a recordações e continuarmos a viver e a amar!

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  3. Recordo também esses lugares que fizeram, igualmente, parte da minha juventude.
    Quero felicitar a minha amiga pelo regresso mas, sobretudo pela frontalidade e coragem em assumir sem tibiezas aquilo que o coração guarda.

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  4. Este foi dos melhores post que já li até hoje. Entendo-te tão bem. E mais não digo!

    bj

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  5. Minha querida, se não fossem esses amores tão únicos a vida não teria o mesmo sabor. O teu coração é grande e nele cabe toda a gente, os amores do passado e do presente.

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  6. Olá Filipa,
    este seu texto fez-me apanhar o comboio da nostalgia e descer na estação da juventude.
    Vivi esta sua introspecção de uma forma intensa.
    Senti igualmente o rosto abrasado pelo sol dessas lindas praias.
    Deixei-me envolver pela espuma das ondas bravas que me banhavam o corpo.
    Senti o seu sorriso junto do pescoço desse seu amor.
    Parabéns pela coragem de assumir o que muitos camuflam.
    Só um grande, verdadeiro e intenso amor pode deixar para sempre essa memória que percorre os anos.
    E para terminar quero dedicar-lhe uma pequena parte de um texto a que baptizei de ADORO retirado do Ano Louco.

    "... Penso que nunca te disse o quanto é delicioso ouvir a tua respiração ao meu ouvido.
    Adoro quando te insinuas para mim…
    Adoro a tua resposta a isso: ”Isso é perigoso!”
    Adoro que não me deixes sequer replicar.
    Adoro quando me “atacas” porque já não queres esperar mais para me teres.
    Adoro a tua expressão naquele minuto antes.
    Adoro a do minuto a seguir.
    Adoro todos os minutos em que te tornas minha.
    Adoro deitar-me no teu peito, transpirado.
    Adoro sentir-te quente.
    Adoro o beijo que me dás sempre após...
    Adoro o teu “Amo-te…”
    Adoro a nossa conversas no depois...
    Adoro, voltar a enroscar-me em ti.
    Adoro recomeçar o ritual. Quando ele não acontece, surge-me uma insónia que não sei explicar...
    Tu sabes? Claro que sabes.
    Sabes que não é difícil deixar entrar alguém no nosso coração.

    O que é difícil é deixar alguém sair.

    Texto: In Ano Louco


    Obrigado pela sua partilha

    JC

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  7. Mas é muito bom recordar...sempre que acharmos que já não estamos "vivas", lembramo-nos sempre que pelo menos vivemos :)


    Beijos,

    Deb

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  8. Obrigada por todos os comentários.

    Um obrigada especial ao Sonhadoremfulltime pela partilha de tão belo texto.

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  9. corajosa e profunda... como sempre :) beijinho grande!

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