O Frio anda meio tímido mas a chuva apresenta-se e instala-se dominando o céu cinzento.
Ontem a chuva trocou-me as voltas. Queria ter trabalhado na horta, mudar plantas, arrancar ervas. Queria ter cosido a rede da horta. Passeado com os cães. Procurar flores e verduras outonais para enfeitar jarras. Queria ter dado um passeio longo, daqueles em que de repente sentimos a primeira aragem fria nas bochechas e nas orelhas. Queria ter estado na rua, a chuva trocou-me as voltas.
Saí de casa. A chuva ameaçava cair mas não caiu até regressar. Comprei o Jornal. Fiz umas compras, sempre necessárias, e voltei para casa.
A casa já havia acordado. Fizemos o Pequeno Almoço. Lemos jornais e revistas, rimos, conversámos e desconversámos, e fomos ouvindo o, cada vez mais forte, cair da chuva.
Humanos e cães ninguém ousava sair de casa. Foram-se delineando as alternativas a um domingo passado em casa. Do rádio saíam sons antigos, sons que me foram enchendo de nostalgia. Sons que me transportaram a muitos anos atrás. Recordei a felicidade dos dias de chuva em que podia permanecer o dia inteiro em frente à casa das bonecas. Podia ver desenhos animados todo o dia. Podia brincar até... até ir dormir... nenhuma criança se cansa de brincar. Da infância recordei o cheiro dos bolos caseiros. Recordei que na verdade sempre gostei dos dias de chuva em que posso ficar em casa.
Continuei a deixar que a chuva e os sons do rádio me embalasse e fui fazer a tão antiga receita de bolo de iogurte. Fiz também uma marmelada de abóbora e laranja e deixei que os cheiros do Outono impregnassem o ar. Fomos conversando. Rindo. Estando juntos. Fomos aproveitando um domingo de Outono.
Da rua ouvia o som da chuva. Do interior os cheiros do Outono. Dei por mim a pensar em como são fortes e penetrantes os cheiros e os sons do Outono. Os cheiros quentes com os primeiros sinais de frio. Os sons fortes da chuva e do vento em contraste com o negro do céu que o faz parecer tão fraco. E as cores, variando entre o tom alegre do amarelo e laranja e os mais tristes dos castanhos e cinzentos.
No final do jantar o cheiro das castanhas dominou a cozinha e pensei que não podia terminar de melhor forma o meu domingo de Outono. O sabor, o cheiro e o som da casca a quebrar, revelando o fruto, é único e é para mim um dos mais reconfortantes sinónimos de Outono.
Já deitada Sorri. Como eu gosto do Outono.
Ontem a chuva trocou-me as voltas. Queria ter trabalhado na horta, mudar plantas, arrancar ervas. Queria ter cosido a rede da horta. Passeado com os cães. Procurar flores e verduras outonais para enfeitar jarras. Queria ter dado um passeio longo, daqueles em que de repente sentimos a primeira aragem fria nas bochechas e nas orelhas. Queria ter estado na rua, a chuva trocou-me as voltas.
Saí de casa. A chuva ameaçava cair mas não caiu até regressar. Comprei o Jornal. Fiz umas compras, sempre necessárias, e voltei para casa.
A casa já havia acordado. Fizemos o Pequeno Almoço. Lemos jornais e revistas, rimos, conversámos e desconversámos, e fomos ouvindo o, cada vez mais forte, cair da chuva.
Humanos e cães ninguém ousava sair de casa. Foram-se delineando as alternativas a um domingo passado em casa. Do rádio saíam sons antigos, sons que me foram enchendo de nostalgia. Sons que me transportaram a muitos anos atrás. Recordei a felicidade dos dias de chuva em que podia permanecer o dia inteiro em frente à casa das bonecas. Podia ver desenhos animados todo o dia. Podia brincar até... até ir dormir... nenhuma criança se cansa de brincar. Da infância recordei o cheiro dos bolos caseiros. Recordei que na verdade sempre gostei dos dias de chuva em que posso ficar em casa.
Continuei a deixar que a chuva e os sons do rádio me embalasse e fui fazer a tão antiga receita de bolo de iogurte. Fiz também uma marmelada de abóbora e laranja e deixei que os cheiros do Outono impregnassem o ar. Fomos conversando. Rindo. Estando juntos. Fomos aproveitando um domingo de Outono.
Da rua ouvia o som da chuva. Do interior os cheiros do Outono. Dei por mim a pensar em como são fortes e penetrantes os cheiros e os sons do Outono. Os cheiros quentes com os primeiros sinais de frio. Os sons fortes da chuva e do vento em contraste com o negro do céu que o faz parecer tão fraco. E as cores, variando entre o tom alegre do amarelo e laranja e os mais tristes dos castanhos e cinzentos.
No final do jantar o cheiro das castanhas dominou a cozinha e pensei que não podia terminar de melhor forma o meu domingo de Outono. O sabor, o cheiro e o som da casca a quebrar, revelando o fruto, é único e é para mim um dos mais reconfortantes sinónimos de Outono.
Já deitada Sorri. Como eu gosto do Outono.
Eu cá sou como os outros "gosto mais do Verão" mas tb gosto muito das castanhas... e essas ontem também as comemos...
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