Por vezes abrimos o nosso coração. Por vezes falamos dos pormenores mais íntimos. Falamos como se não houvesse amanhã. Os assuntos acabam por se encadear uns nos outros e por vezes a falta de nexo é notória. As horas passam no relógio que insiste em não parar.
Falamos do que nos preocupa. Falamos do que nos angustia. Falamos do que está mal. Falamos do passado e do presente num encadear de palavras.
Fico sempre com a amarga sensação de que valorizei mais as coisas más que as coisas boas. Dou por mim a pensar em como esta minha cabeça é por vezes tão confusa. Tenho que concordar quando me dizem que não sou o rochedo que todos julgam que sou. Tenho que admitir que nem sempre sou tão forte quanto mostro. Olho para mim e reconheço todas as minhas fraquezas.
Penso em cada palavra dita. Revejo cada pensamento associado a cada palavra.
Sinto-me mais leve. Sinto-me também confusa. Questiono-me sobre a deslealdade de, para me sentir mais leve, falar não só de mim mas revelar algo dos outros. Revelar pormenores, sentimentos e fraquezas.
Não consigo deixar de lado o egoísmo e pensar que mesmo devassando um pouco a privacidade de outros vejo agora claramente uma luz que estava tão ténue. Ouço a resposta a tantos problemas.
Sinto-me tão mais tranquila e com uma energia tão positiva. Sinto que os problemas não estão apenas nos outros e sei finalmente como ultrapassa-los.
Questiono-me se tinha o direito de vos envolver. Questiono-me porque é que de repente Vos escolhi.
Como sempre não encontrarei resposta para todas as minhas questões.
Quanto à minha gratidão, sei que essa é mais que muito e que vocês nem imaginam o que a Vossa presença, a Vossa amizade e a Vossa clarividência fizeram por mim e por um futuro que eu sei que pode ser tão feliz.
Obrigada a ambas.
Um beijo muito grande miuda. Faz sempre bem á alma
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