21 de setembro de 2010

Para todos em geral ou alguém em particular

A vida passa. Corre. Cada segundo passado já não volta.

A cada momento ficam coisas por dizer. Por escrever. Por fazer.

Procuras o romance ideal. A companhia perfeita. A relação mais cómoda.

Procuras num parceiro um ideal de beleza. Virtudes. Um reflexo da imagem que idealizaste. Viras costas ao que realmente queres. Ao que realmente desejas. Ao que relamente amas. Por medo. Por cobardia. Para agradar os outros.

Preocupa-te o que os outros pensam. Preocupam-te reacções. Preocupa-te o caminho longo para o final feliz.

Escolhes caminhos errados. Sofres desilusões. Vives triste. Amargurado. Agarrado ao que foi e já não volta. Ao que podia ter sido e não foi.

Procuras o emprego ideal. O ordenado ideal. A promoção perfeita. Queres o reconhecimento público. Ver. Ser visto. Idolatrado.

Queres mais uma vez o emprego que idealizaste. Que sonhaste. Que não tens. Não tiveste. Não sabes se terás.

Tiveste projectos. Sorriste. Ambicionaste. Não concretizaste.

Continuas a caminhar. A vida assim o obriga. Caminhas sem rumo. Na estrada que escolheste.

Sonhaste uma vida que não tens. Alegre. Despreocupada. Sem monotonia. Com risos. Lágrimas. Paixão. Queres quando não tens. Desprezas quando tens. Mas vives achando que aquilo que tens hoje te é suficiente para seres feliz. Sabes que no fundo não és.

Tens medo de correr em direcção à vida e deixas que a vida corra contigo.

Recordas como foi. Não lamentas porque deixou de ser. Vives agarrado ao passado não deixando de viver o teu presente.

E assim caminhas. Vives. Sobrevives. Num mundo em que tudo te parece incompleto.

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