A minha Avó tem 89 anos. A minha Avó tem uns bonitos 89 anos.
Adoro-A desde o dia em que nasci. É bonita. É elegante. Cheira bem. Tem umas mãos lindas. Tem uma pele macia. Tem o melhor colo do mundo.
O colo da minha Avó... Aquele colo onde ainda hoje gosto de me encostar... Aquele colo que cheira bem, o colo onde posso chorar, onde posso abrir o meu coração e contar tudo o que me vai na alma. No seu colo posso sentir o seu cheiro, o seu cheiro doce. Aos 89 anos a minha Avó cheira bem. Um cheiro que me tranquiliza. No colo da minha Avó eu posso sentir as suas mãos a afagar o meu cabelo enquanto me embala com a sua voz. A minha Avó tem uma voz rouca. A voz rouca mais bonita que alguma vez ouvi. A voz que ao longo dos meus 33 anos reproduziu as suas sábias palavras. Nem sempre as segui, é um facto... mas sempre as ouvi. Sempre as ouvirei.
A minha Avó viu-me deixar de ser criança tal como a vi envelhecer. Juntas vimos o amor que temos uma pela outra crescer, dia após dia. Eu amo a minha Avó da forma mais simples que sei amar. Amo a minha Avó por aquilo que ela é e que sempre representou para mim.
O corpo da minha avó está a reclamar os 89 anos e eu sorrio quando ela me sorri e me diz que quando me vê até respira melhor e que tudo parece mais fácil. E tudo o que eu queria era poder cuidar dela tal como ela cuidou de mim. Poder, tal como ela fez comigo, deitar-me ao lado dela, dar-lhe a mão e dizer-lhe muito baixinho que ia tudo correr bem. A minha Avó nunca me mentiu, sempre que me agarrava na mão e me dizia que ia correr tudo bem, corria mesmo. Eu quero agarrar a mão da minha Avó, eu quero dizer-lhe que vai tudo correr bem, eu não quero mentir à minha Avó tal como ela nunca mentiu a mim.
Olho para a minha Avó, que aos 89 anos, lê mais que eu. Se lembra de mais coisas que eu. Que fala o nosso Português como nunca conseguirei falar. Que sabe cozinhar tudo o que qualquer neto quer comer. Que sabia todas as cantigas infantis para me poder cantar. Que me lia histórias. Que sempre amou todos à sua volta da forma mais incondicional que conheço. Olho para a minha Avó e vejo o Sol, a Luz e tudo o que me faz bem. Olho para minha Avó e peço muito baixinho que ela esteja ao meu lado ainda muito tempo.
Olho para a minha Avó e sinto que ainda há tanta coisa que quero dizer. Outras tantas que quero ouvir e outras ainda que quero que ela veja. Que ela veja com o seu olhar doce e tranquilo.
Eu amo a minha Avó. Um amor que apenas ela sabe quão grande é.
Adoro-A desde o dia em que nasci. É bonita. É elegante. Cheira bem. Tem umas mãos lindas. Tem uma pele macia. Tem o melhor colo do mundo.
O colo da minha Avó... Aquele colo onde ainda hoje gosto de me encostar... Aquele colo que cheira bem, o colo onde posso chorar, onde posso abrir o meu coração e contar tudo o que me vai na alma. No seu colo posso sentir o seu cheiro, o seu cheiro doce. Aos 89 anos a minha Avó cheira bem. Um cheiro que me tranquiliza. No colo da minha Avó eu posso sentir as suas mãos a afagar o meu cabelo enquanto me embala com a sua voz. A minha Avó tem uma voz rouca. A voz rouca mais bonita que alguma vez ouvi. A voz que ao longo dos meus 33 anos reproduziu as suas sábias palavras. Nem sempre as segui, é um facto... mas sempre as ouvi. Sempre as ouvirei.
A minha Avó viu-me deixar de ser criança tal como a vi envelhecer. Juntas vimos o amor que temos uma pela outra crescer, dia após dia. Eu amo a minha Avó da forma mais simples que sei amar. Amo a minha Avó por aquilo que ela é e que sempre representou para mim.
O corpo da minha avó está a reclamar os 89 anos e eu sorrio quando ela me sorri e me diz que quando me vê até respira melhor e que tudo parece mais fácil. E tudo o que eu queria era poder cuidar dela tal como ela cuidou de mim. Poder, tal como ela fez comigo, deitar-me ao lado dela, dar-lhe a mão e dizer-lhe muito baixinho que ia tudo correr bem. A minha Avó nunca me mentiu, sempre que me agarrava na mão e me dizia que ia correr tudo bem, corria mesmo. Eu quero agarrar a mão da minha Avó, eu quero dizer-lhe que vai tudo correr bem, eu não quero mentir à minha Avó tal como ela nunca mentiu a mim.
Olho para a minha Avó, que aos 89 anos, lê mais que eu. Se lembra de mais coisas que eu. Que fala o nosso Português como nunca conseguirei falar. Que sabe cozinhar tudo o que qualquer neto quer comer. Que sabia todas as cantigas infantis para me poder cantar. Que me lia histórias. Que sempre amou todos à sua volta da forma mais incondicional que conheço. Olho para a minha Avó e vejo o Sol, a Luz e tudo o que me faz bem. Olho para minha Avó e peço muito baixinho que ela esteja ao meu lado ainda muito tempo.
Olho para a minha Avó e sinto que ainda há tanta coisa que quero dizer. Outras tantas que quero ouvir e outras ainda que quero que ela veja. Que ela veja com o seu olhar doce e tranquilo.
Eu amo a minha Avó. Um amor que apenas ela sabe quão grande é.
:) Muito bonito minha querida!
ResponderEliminarPronto estou de olhos mareados... mto linda esta declaração de Amor!
ResponderEliminarBonita e merecida homenagem à tua avó!
ResponderEliminarBeijinho grande para ela e para ti também.
uma pessoa como tu só poderia ter sido criada por grandes pessoas...vai tudo correr pelo melhor!
ResponderEliminarum beijo às duas.