3 de dezembro de 2008

Cavalo à Solta



Mais uma vez... não escrevo grande coisa...
Depois de ler o Poema de Ary dos Santos e ouvir o Fernando Tordo vou escrever o quê??? Ahnn? Obrigada pela música.


Cavalo à Solta


Minha laranja amarga e doce Meu poema feito de gomos de saudade Minha pena pesada e leve Secreta e pura Minha passagem para o breve Breve instante da loucura Minha ousadia, meu galope, minha rédia, Meu potro doido, minha chama, Minha réstia de luz intensa, de voz aberta Minha denúncia do que pensa Do que sente a gente certa Em ti respiro, em ti eu provo Por ti consigo esta força que de novo Em ti persigo, em ti percorro Cavalo à solta pela margem do teu corpo Minha alegria, minha amargura, Minha coragem de correr contra a ternura Minha laranja amarga e doce Minha espada, meu poema feito de dois gumes Tudo ou nada Por ti renego, por ti aceito Este corcel que não sussego À desfilada no meu peito Por isso digo canção castigo Amêndoa, travo, corpo, alma Amante, amigo Por isso canto, por isso digo Alpendre, casa, cama, arca do meu trigo Minha alegria, minha amargura Minha coragem de correr contra a ternura Minha ousadia, minha aventura Minha coragem de correr contra a ternura


Ah pois é.... Lindo...

Cavalo à solta! Vento! Furacão!

Não precisas de me dizer nada... Existem poemas que valem mais que mil palavras...

3 comentários:

  1. A imortalidade deste poema é suficiente para escrever pouco e dizer muito.

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  2. O Anónimo vai dizer...
    Um poeta chama outro;
    Noite tempestuosa

    O céu das opacas sombras abafado,
    Tornando mais medonha a noite feia,
    Mugindo sobre as rochas, que salteia,
    O mar em crespos montes levantado;

    Desfeito em furações o vento irado;
    Pelos ares zunindo a solta areia;
    O pássaro nocturno que vozeia
    No agoireiro ciprestes além pousado;

    Formam quadro terrível, mas aceito,
    Mas grato aos olhos meus, gratos à fereza
    Do ciúme e saudade, a que ando afeito.

    Quer no horror igualar-me a Natureza;
    Porém cansa-se em vão, que no meu peito
    Há mais escuridão, há mais tristeza.
    Bocage

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  3. O eternamente Anónimo vai dzer o que será lido e de seguida censurado...
    _Ele há "pessoas" a quem ao nascer deveria ter sido negado o acesso aos grandes poetas.De cada vez que os citam traem e sujam toda a magia,pureza e verdade de tão grandes almas.
    _Não são com certeza Cavalos!Serão"pobres"e decadentes pilecas!Porém,perigosas porque andam á solta.Feliz"Natal"!

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