9 de abril de 2010

Romeu & Julieta

Li Romeu & Julieta vezes sem conta. Vi o filme em várias versões.

De cada vez que agarro o livro e que vejo o filme não consigo deixar que o meu lado mais lamechas me traia e que as lágrimas apareçam sem qualquer pudor.

Invariavelmente o meu pensamento voa para longe. Invariavelmente penso que já fui Julieta mais que uma vez e que também já tive mais do que um Romeu. Penso também em como apenas a morte nos tira a possibilidade de voltar a amar, a sorrir, a ser novamente Julieta, a encontrar um novo Romeu.

Já pensei que na vida de cada um de nós apenas havia lugar para um grande amor. Já senti que havia feridas de amor que jamais poderiam se curadas. Já achei que amar alguém era algo tão difícil... que era preciso tanto... que tinha de estar tanta coisa alinhada.

Hoje sei que podemos amar muitas vezes ao longo da vida. Sei também que a idade nos ensina a amar de uma forma cada vez mais serena. Sei também, porque a vida me ensinou, que o amor está nos mais pequeninos pormenores e principalmente em tudo aquilo que se sente sem necessidade de usar palavras. Sei também que o amor verdadeiro move montanhas e que todos os dias descobrimos uma nova forma de amar.

Hoje sinto que só consigo amar aqueles que me amam. Que não há amor na traição, na ausência, na distância. Que o amor é algo tão bonito e tão puro que não basta ser vivido... é preciso ser sentido e partilhado.

Eu ainda hoje choro com a história de amor de Romeu e Julieta...






"Mais rico o sentimento em conteúdo do que em palavras, sente-se orgulhoso com a própria essência, não com os ornamentos." Acto II - Cena VI: Julieta


1 comentário:

  1. Cara amiga, eu sinto que o amor se pode repartir e distribuir ao longo da vida sobrando sempre mais amor para dar.
    Este seu escrito mostra que está a crescer na idade e uma certa nostalgia começa a tomar conta dos pensamentos.
    De certo que muito ainda vai amar e tenho a certeza que ainda vai ser amada muito mais.
    Apareça um dia, tenho saudades.

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